Oídio da Mangueira
(Oidium mangiferae)
O Oídio da mangueira, Erysiphe polygoni DC( Oidium mangifera Bert. ), doença fúngica comum em pomares de manga apresenta manchas de crescimento fúngico, caracterizadas por um pó branco ou cinza que pode causar sérios prejuízos quando incide nas fases de florescimento e frutificação. As condições decorrentes desta doença são temperatura amena entre 20-25°C,e umidade relativa entre 20 a 65%.(AGRARIO,2022).
A mangueira ( Mangifera indica ) Pertence à família das Anacardiáceas e é originária da Ásia Meriodinal e Arquipélago Indiano. De acordo com a Embrapa, o Brasil foi o primeiro País na América a cultivar a manga, que foi trazida pelos portugueses no século 16 e plantada no Rio de Janeiro, posteriormente o cultivo se expandiu para todo o País.
Segundo pesquisas do IBGE, em 2021 o Brasil produziu cerca de 1.505.372 toneladas de manga em uma área de 76.061 ha, atingindo uma produtividade de 19.792 kg/ha. O país é um grande produtor e exportador de frutas, sendo as exportações específicas para a Europa e Estados Unidos da América.
ETIOLOGIA
Causada pelo Ascomiceto Erysiphe polygoni,parasita obrigatória, da ordem Erysiphales.Sua fase anamórfica corresponde a Oidium mangiferae, da subdivisão Deuteromycotina, ordem Moniliales. Oidium forma hifas hialinas e septadas.Conidióforos são formados perpendicularmente às hifas,nos quais se originam conídios hialinos,cilíndricos, ricos em cadeia.Na sua fase sexuada forma corpos de frutificação, denominados cleistotécios,providos de apêndices miceliais,flácidos e indefinidos,semelhantes a hifas somáticas. Para tratar uma parasita obrigatória, o fungo só se desenvolve em tecidos vivos e suscetíveis do hospedeiro. Persiste, porém, nas velhas, na ausência de tecidos sensíveis, até que as condições se tornem detalhadas, quando então produzem conídios que irão infectar folhas e flores novas. A penetração do fungo nos tecidos da planta é favorecida pela perda de turgescência dos mesmos como ocorre em condições de forte calor, grande redução de umidade ou ambiente seco em geral.


EPIDEMIOLOGIA
Condições ideais:Os conídios são capazes de germinar em uma ampla faixa de temperatura,situando-se a ideal entre (20-25°C )Apesar dos esporos germinam com facilidade em uma atmosfera úmida, maiores taxas de germinação ocorrendo em umidade relativa variando de 20-65%.A infecção ocorre sobretudo em ambientes com baixa ventilação e pouca luminosidade.O fungo se propaga via conídios (esporos) dispersos pelo vento,e sobrevive em tecidos resistentes durante o período seco.(KIMATI,H.et al.,1997).

SINTOMATOLOGIA
As folhas,inflorescências e frutinhos novos da mangueira ficam recobertos por um crescimento pulverulento branco-acinzentado constituído pelas estruturas do patógeno.Nas folhas novas,causa deformações, crestamento e queda e nas velhas e frutos desenvolvidos,ocasiona manchas irregulares.
Nas inflorescências,o patógeno cresce rapidamente abafando as flores,impedindo sua abertura e determinando sua queda.A epiderme dos órgãos atacados adquire coloração avermelhada e rompimento da casca que após cicatrização apresenta profundas fendas,onde ficam abrigados esporos de colletotrichum responsáveis pela antracnose.(KIMATI,et.al.,1995)

CONTROLE

Variedades resistentes
Carlota,Espada,Imperial,Oliveira,Coquinho,Tommy Atkins e Keitt.Essas variedades,além de mais tolerantes,apresentam um pendúnculo de maior diâmetro ou frutos de menor peso,o que permite sua permanência na planta apesar de lesões da doença. Pulverizações quinzenais,começando antes da abertura das flores até o início da frutificação com fungicida específico como quinometionato a 0,018%,enxofre a 0,4%,tebuconazol a 0,025%,fenarimol a 0,0048%,triadimenol a 0,0125%,procloraz a 0,045%,benomyl a 0,03%,pirazofós a 0,02%, tiofanato metílico a 0,05% e triforina a 0,028%, são eficientes no controle desta moléstia e alguns produtos já vêm sendo rotineiramente usados por alguns produtores. colheita.(EMBRAPA,2005.)
REFERÊNCIAS
PEREIRA,M.C.et al.Doenças da mangueira no Brasil.Embrapa,2018.
KIMATI,H.et. al.Manual de Fitopatologia 3° edição. São Paulo:Agronômica Cere,1995-1997.
KIMATI,H.et.al.Manual de Fitopatologia. 5° edição. São Paulo:Agronômica Ceres,2016.
EMBRAPA.Oídio da mangueira.Disponível em:<https://www.embrapa.br/manga>